segunda-feira, 5 de março de 2012

Doce ensaio sobre a Morte


                
Tão doce e fria, seu olhar extremamente vazio vieram tão letamente a procura da pouca vida que restava neste vazo que insisto em chamar de corpo.
 Apenas a dor que sentia a minha alma se desprendia do meu corpo lentamente para que eu pudesse saborear pela ultima vez essa sensação horrível, pois eles sabiam que eu iria sentir falta.
Com apenas alguns segundos restantes de vida e me perdia entre o desejo de viver e a frustração de que a vida escorregava entre meus dedos. Eles apareceram na minha frente, mas eu ainda podia ver as pessoas que gritavam na realidade e meus olhos frágeis podiam ver agora além dessa realidade, aqueles vultos passavam na minha frente negros e brancos que arrepiavam.
Estava disposta a lutar pela vida, estava disposta a enfrentar aquilo que eu não sabia o que era. Eles apareceram e arrancaram minha alma deste corpo levaram-na para algum lugar onde os sentidos se confundiam porque era quente e frio, sentia gosto doce e amargo e cheiro de enxofre que não era tão ruim assim... Eu cheirava a enxofre.
Gritei alto mas parece que aqueles seres eram surdos pois não ouviam meus gritos desesperados de um pequeno plasma que brilhava, podia ver na minha mente algum flashes do que se passava com meu corpo eu ainda não tinha me desprendido completamente dele e isso frustrou alguém que disse (na minha mente, detalhe) –pare de pensar no que já não existe mais – uma voz grossa e masculina ,eu acho.
“onde estou?” uma pergunta que não teve resposta. Então para provocar resolvi pensar no carro, nos segundo antes dele capotar, lembrei que havia pessoas comigo lá e eu não estava dirigindo e fiquei me perguntando se todos morreram ou sou eu tive a sorte de conhecer aquelas criaturas “celestiais”.
senti algo pulsar em mim, seria meu coração?


-sinais vitais caindo –disse uma voz distante.
Espere ai, eu ainda to viva. Eles disseram para mim não voltar mas eu queria e corri, não tinha pernas mais corri (ao menos saia daquele lugar depressa, talvez eu voava, não sei.) fiquei sem ar, meu corpo, senti choque cada vez mais fraco e algo me surpreendeu, lindo.(vi uma espécie de portal num tom meio prata e cinza extremamente belo.)
-abriu os olhos .-disse a enfermeira que segurava a minha mão.
Tive uma experiência quase morte, e não senti necessidade de contar pra ninguém o que eu vi e ouvi embora as pessoas perguntasse se eu vi o outro lado mas sempre negava, disse que não vi nada.
As pessoas que estavam comigo no carro tinham morrido na hora e eu fui a única sobrevivente. O que eu vi é difícil de explicar, sabe é difícil dizer porque as pessoas não acreditam no que não vê. Não quero me passar por louca, coisa e tal, mas agora tenho certeza que existe alguma coisa alem disto aqui.





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